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Sustentabilidade Financeira,
Social e Ambiental
Sustentabilidade Financeira

Promover a sustentabilidade na USP significa, em seu sentido pleno, manter viva a missão da universidade pública, pensada aqui como compromisso intergeracional. É necessário garantir as condições materiais, ambientais e simbólicas para a continuidade de um projeto acadêmico que se orienta, em sua raiz, pela autonomia universitária, pela ética, pela diversidade e pela responsabilidade social e ambiental.

Quanto à sustentabilidade financeira, a regra basilar da USP de um teto para gastos com pessoal deve ser respeitada. Grande atenção deve ser dada à  reforma tributária - cuja implementação está prevista para iniciar em 2026. É necessário preparar a USP para o novo arcabouço fiscal, defendendo a autonomia na utilização de recursos orçamentários, que devem ser utilizados de maneira transparente e em articulação com as atividades-fim da universidade.

É fundamental criar um grupo de especialistas USPianos para ajudar no processo regulatório da reforma tributária, bem como a formação de grupo de interlocução com a Assembleia Legislativa.

Uma gestão estratégica é essencial para garantir que ideias se transformem em iniciativas concretas e que os recursos alocados estejam alinhados à missão acadêmica e ao papel social da universidade. Sustentabilidade, neste sentido, é implementar com visão de longo prazo, ao mesmo tempo em que preservamos a flexibilidade para nos adaptarmos a novas demandas sociais, educacionais, científicas, financeiras e ambientais.

Paralelamente ao desafio da sustentabilidade financeira da USP, faz-se urgente pensar sua sustentabilidade ambiental. A USP está presente em diferentes territórios e cada campus reflete as especificidades do contexto social, ambiental e econômico que o circunda. Estar à altura dos desafios do presente e do tempo futuro demanda que a sustentabilidade seja entendida como um princípio estruturante da vida universitária.



Sustentabilidade Social e Ambiental

Cuidar do patrimônio ambiental da USP é um dever fundamental. Afinal, 29% da área dos campi é constituída por reservas ambientais, somando cerca de 22 milhões de hectares que prestam enormes serviços ecossistêmicos e ambientais à comunidade universitária e à comunidade externa.

Para além da conservação, a USP deve se preparar para os novos desafios apresentados pela mudança climática, implementando ações para mitigação de emissões, adaptação territorial e promoção da justiça ambiental. Repensar nossos campi a partir da ótica da resiliência e da qualidade de vida constitui uma oportunidade singular de desenvolvimento de estratégias e soluções com potencial de serem traduzidas para contextos além da universidade, atendendo, portanto, à sociedade como um todo.

Algumas iniciativas já implementadas na universidade representam modelos interessantes, como: planejamento territorial participativo, com planos diretores participativos para cada campus; projetos socioambientais centrados na gestão de resíduos; conservação de áreas protegidas; geração autônoma de energia; transição energética justa; e educação ambiental.

Faz-se necessário também consolidar a mobilidade nos campi, melhorando a conexão da universidade ao seu entorno e integrando soluções multimodais complementares, com ênfase no transporte ativo. Redefinir a relação da universidade com as águas também é um tema importante que deve ser pensado a partir da compreensão de seus corpos d’água como estruturantes do território.

Entender a sustentabilidade como princípio transversal a qualquer proposta para a USP significa um compromisso com o futuro e exige integrar conhecimento e ação, fortalecendo redes internas e ampliando alianças com outras universidades, instituições públicas, coletivos e organizações sociais. Enfim, trata-se de preparar a USP para se adaptar aos desafios que as mudanças climáticas trazem para nossos campi, para a comunidade USPiana, paulista, brasileira e mundial.