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Criar é uma atividade fundamental da vida universitária. É por meio da criação – científica, tecnológica, artística e cultural – que a USP afirma sua vocação como universidade pública voltada aos processos de construção do conhecimento em suas diversas dimensões.

A criação na universidade abrange e reconhece toda a miríade de áreas do conhecimento, com suas respectivas especificidades, além de ter o dever de apoiar os diversos tipos de pesquisa – aquela que se centra na criação social e cultural, aquela que se ocupa de problemas teóricos sem aplicação direta, e aquela ligada à inovação.

O compromisso com a pesquisa de excelência, guiada pela profundidade e pela liberdade de pensamento, tem como condição basilar o tempo. Tempo para refletir, investigar, debater e escrever. Tempo para criar, prototipar, ensaiar e recomeçar outra vez. Tempo para criar formas de ensinar.
Assim, faz-se relevante afirmar mais uma vez a necessidade de repensar fluxos institucionais de modo a liberar docentes, pesquisadores e estudantes de atividades burocráticas, que limitam sua dedicação à pesquisa e inovação. Quando sua intervenção for essencial, deve-se buscar a simplificação e sistematização de processos.

Outro princípio fundamental da criação é a colaboração, que deve ser incentivada e aprofundada, ampliando a troca entre áreas de conhecimento, entre unidades, cursos e departamentos, entre campi e com universidades e outras instituições em todo o mundo. O estímulo à interdisciplinaridade e à co-criação interunidades deve ser entendido como estratégico, complementando formas de saber diferentes. Complementarmente, o apoio à formação e ao fortalecimento de grupos e de centros de pesquisa e às suas ações de internacionalização deve ser contínuo.
Muitas vezes desenvolvido em colaboração com o setor privado, o processo de inovação deve prezar pela autonomia da universidade, de modo a preservar seu espírito público.
Outro aspecto relevante quando se trata de inovação é a necessidade de promover a inclusão das pequenas e médias empresas (PMEs), responsáveis pela maior parte dos empregos, no sistema de inovação USP, com ampla interação com FINEP, Senai e Sebrae.

É importante reforçar que qualquer movimento pela inovação no Brasil deve estar comprometido com a diminuição das desigualdades socioeconômicas. Nesse sentido, o processo de inovação na universidade deve estar também próximo de empreendedores sociais para o desenvolvimento de soluções que contemplem uma ampla gama de pessoas por meio de conceitos baseados em economia compartilhada.
Esta possibilidade também permite extrapolar a inovação para além das áreas técnicas, com o envolvimento da área de humanidades. Ou seja, a inovação, em sua essência, deve ser um elemento catalisador de transformações positivas e equilibradas, beneficiando a sociedade como um todo.


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