A educação é e sempre será uma das formas mais potentes e duradouras de transformação do mundo. Assim, deve permanecer como uma das missões centrais da USP. Um aspecto edificante de educar é promover a pluralidade e a inclusão. A defesa de uma universidade pública começa pela promoção de acesso e permanência na USP em suas várias instâncias, garantindo a diversidade da sociedade brasileira em nossa comunidade universitária.
A universidade também responde aos desafios da sociedade por meio da pesquisa e inovação, que devem estar em constante diálogo com demandas sociais. Ao mesmo tempo, há que preservar a liberdade de pesquisa, a densidade conceitual e o reconhecimento da importância de pesquisas básicas, ainda sem aplicação imediata, que abrem novas possibilidades epistemológicas, tecnológicas e científicas.
A extensão, por sua vez, deve ser entendida como um elo vital entre a universidade e a sociedade, integrada à pesquisa e ao ensino. A extensão deve abrir vias de diálogo e cultivar formas pelas quais a comunidade USPiana possa se engajar diretamente no enfrentamento de demandas da sociedade que a cerca e sustenta. Ao mesmo tempo, a cultura e a arte devem ser entendidas como dimensões essenciais da vida universitária: como vetor de memória, de imaginação social e de formação cidadã. Museus, Centros, acervos, bibliotecas e espaços culturais devem ser preservados e mobilizados como parte fundamental da presença pública da universidade.
Por fim, é preciso que a universidade saiba se comunicar: mostrar com clareza o que a USP produz, quem a USP forma, quais impactos positivos, diretos e indiretos, provoca. Para isso, é necessário construir e consolidar formas de escuta e de partilha de saberes, cultivar o diálogo com setores amplos da sociedade, inclusive com a classe política. Uma universidade pública só se realiza plenamente quando fundamenta suas escolhas no interesse coletivo e assume seu papel na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e democrática.